segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Como um social-democrata (independente) viu as "primárias" no PS/Santo Tirso

Com este artigo corro sérios riscos, mas isso nunca foi coisa que me tirasse o sono. De contrário, nunca teria tido a coragem (pois é disso que se trata) de ter sido colunista do Jornal de Santo Thyrso durante vários anos, até que "alguém" se cansou das minhas crónicas: Ou, agora, quando continuo a exercer gratuitamente o meu direito de cidadania, escrevendo em jornais locais como o "Entre Margens" ou o "Notícias do vale", com o objectivo de contribuir para um concelho de Santo Tirso melhor.
Há quem goste e quem não goste. Em democracia costuma ser assim. O que é inaceitável é a censura, nas suas diversas maneiras. Posso bem com todas elas, mas confrange-me que alguns achem que não posso ter opinião sobre isto ou aquilo, porque ocupo este ou aquele lugar.
A esses, poucos, digo o seguinte: o meu direito à opinião é inalienável, doa a quem doer, esteja onde estiver. Como disse um dia Jorge Coelho, ex-ministro do PS, actual manda-chuva da Mota-Engil, "habituem-se" e "façam o favor de ser felizes" (Solnado dixit).
Passemos à frente. As eleições primárias no PS/Santo Tirso merecem uma reflexão profunda. De todos. Pelos vários sinais que produziram e pelas lições que nos dão para o futuro. A primeira lição é uma lição de humildade. 
Joaquim Couto foi presidente da CM de Santo Tirso quase duas décadas. Depois ocupou alguns cargos políticos de relevo, dentro e fora do PS. Aceitou uma disputa eleitoral, em Gaia, que sabia que ia perder com estrondo. Perdeu mas ocupou o cargo de vereador, com dignidade e responsabilidade.
A segunda lição é de coragem. Uma qualidade rara na política. Apoiante de António José Seguro, Joaquim Couto podia tranquilamente regressar ao Parlamento. Mas não, assumiu um combate difícil na concelhia do PS, que perdeu para o actual presidente da câmara. Aceitou a derrota e preparou a desforra.
Independentemente das decisões jurisdicionais que venham a ser tomadas, Joaquim Couto ganhou o direito a ser o candidato do PS à Câmara de Santo Tirso, nas eleições autárquicas de 2013. Foi o combate da sua vida.
A terceira lição é de democracia. A vitória de Joaquim Couto nas "primárias" socialistas de Santo Tirso deve orgulhar todos os socialistas do concelho. Ela representou a vitória da democracia sobre a arrogância ditatorial. A vitória do pensamento livre sobre os "diktats" de quem manda. A vitória da liberdade sobre a obediência cega. Os partidos, às vezes, regeneram-se!

Pedro Fonseca
Presidente da Associação Cívica
"AMAR Santo Tirso"


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Uma noite em Monte Córdova


Pergunta: O que fazem, numa noite fria, algumas dezenas de pessoas reunidas nas instalações de uma associação humanitária de uma pequena freguesia rural do interior de Santo Tirso? Resposta: Debatem, trocam ideias e experiências, confrontam argumentos, esclarecem, propõem, interrogam, respondem. Em síntese: praticam a cidadania.
Os que estão a começar a ler este artigo devem pensar que se trata de um texto de ficção. Estão errados. Aconteceu mesmo. Na passada segunda-feira, em Monte Córdova, numa iniciativa promovida pela associação cívica “AMAR SANTO TIRSO”, inserida no Ciclo de Conferências “Santo Tirso, que futuro? – Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década”.
É certo que o tema era actual e aliciante, “Economia Local e Economia Social”, e o painel de luxo – drª Gilda Torrão, directora-geral da ASAS Santo Tirso, e profª Maria José Abreu, da Universidade do Minho -, mas isso geralmente de pouco vale quando não existe “trade off”, e quem vai só aparece por “amor à camisola”, e como isso está em desuso…
Se não andasse nisto há muito tempo e não soubesse ler todos os sinais, mesmo os mais imperceptíveis, tinha ficado comovido (não no sentido emocional, mas no de inesperado) com tanta gente (sim, tanta gente) que se predispôs a percorrer dezenas de quilómetros por montes em noite de breu.
Decisores políticos, homens e mulheres que têm sucesso na sua actividade profissional e, por isso, são criteriosos nas suas opções públicas, mostraram à saciedade que a sociedade civil de Santo Tirso tem uma enorme vitalidade.
Há gente que tem ideias e as expõe com dessasombro, há gente mais discreta que participa, observa e regista. Há gente com tanto valor que gosta de passar despercebida, como o Sr. Américo Freitas, presidente da Direcção da Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, onde decorreu a sessão, e que estava feliz da vida por, pela primeira vez, terem “descoberto” esta instituição. O meu muito obrigado a ele pelo trabalho notável e por ter aguentado estoicamente até à uma da manhã. Seis horas depois, disse-nos, tinha de estar de novo ali.
Mais do que estas palavras, vão falar por si as fotos e o vídeo da sessão que nos próximos dias vamos partilhar com todos. Para memória futura fica o testemunho dos que puderam e quiseram estar no dia 6 de novembro de 2012 em Monte Córdova.
Um dia que não foi escolhido por acaso, porque foi a 6 de novembro de 907 que ali nasceu o Conde S. Rosendo, uma das grandes figuras da Igreja ibérica, mas cujo facto é ignorado no “site” da Junta de Freguesia de Monte Córdova. Espero que este alerta ajude a mudar alguma coisa!

Post-Scriptum: Notáveis as intervenções da drª Gilda Torrão, sobre o cada vez mais importante sector social, e da profª Maria José Abreu, sobre a indústria têxtil. Mas, se calhar, vamos ter de voltar a Monte Córdova para debater ideias, propostas e soluções para potenciar e valorizar a sua enorme riqueza natural, paisagística, histórica, e colocá-la ao serviço do turismo como forma de reanimar o comércio local. Monte Córdova, outrora designada a “Suíça” de Santo Tirso, merece um futuro melhor.

Pedro Fonseca
Presidente da "AMAR SANTO TIRSO"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Liberdade e Democracia


Com algumas adaptações e actualizações, publiquei este artigo no passado dia 25 de outubro, no jornal "Notícias do Vale".
No seu aclamado livro "A riqueza e a pobreza das nações", David Landes questionava-se sobre o que faz uma nação ser rica e outra pobre, uma ser vencedora e outra perdedora, uma estar em ascensão e outra em queda. Conclusão: quanto mais liberdade e democracia existir numa nação, mais ela prospera. É nisso que apostamos.
Vem isto a propósito de uma série de conferências que a Associação Cívica "AMAR SANTO TIRSO" está a organizar. A importância deste ciclo de conferências, subordinado ao título "Santo Tirso, que futuro? - Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década" não está dependente da maior ou menor mobilização de pessoas que venham assistir a cada uma das sessões, nem da maior ou menor "espectacularidade" dos nomes constantes dos painéis de oradores.
A importância (ou falta dela) residirá apenas e só naquilo que frutificar das sementes que estamos a lançar para a terra. Estamos convencidos, eu estou convencido, até prova em contrário, que Santo Tirso é terra fértil e produtiva. Muitas destas sementes vão dar fortes raízes, troncos robustos, árvores frondosas e frutos saborosos.
A "AMAR Santo Tirso" é uma associação cívica, independente, apartidária e sem fins lucrativos. Quero sublinhar estas características e dizer mais: mais recebemos um tostão de qualquer entidade pública. Não recebemos, nem queremos receber. 
Queremos ser livres e independentes. O nosso objectivo, nestes 2 anos que levamos de actividade, é promover o debate de ideias sobre Santo Tirso. Estamos convictos que quanto mais gente envolvermos neste projecto, mais reforçado, mais desenvolvido, com mais qualidade de vida para as suas populações será Santo Tirso.
Temos um lastro histórico que nos garante um reconhecimento público de credibilidade. Organizamos conferências com nomes tão importantes como Manuel António Pina, António Souza-Cardozo, Mário Dorminsky. Na segunda-feira, em Monte Córdova, pelas 21.30, na Associação de Solidariedade Humanitária, temos prevista a conferência sobre "Economia Local e Economia Social", com a profª drª Maria José Abreu, da Universidade do Minho, e a drª Gilda Torrão, directora-geral da ASAS Santo Tirso, como oradoras.
Para este ciclo de conferências convocamos todos aqueles que querem participar num acto de cidadania em prol de um concelho mais forte. As nossas portas estão abertas a todos, de todos os quadrantes partidários e sem qualquer filiação partidária. O bem comum está sempre primeiro.

Pedro Fonseca
Presidente da Direcção
"AMAR SANTO TIRSO"

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um debate crucial


No passado dia 27 de outubro, a associação cívica “AMAR SANTO TIRSO”, que tenho a honra de liderar, arrancou com um ciclo de conferências denominado “Santo Tirso, que futuro?” – Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década.
São 5 sessões temáticas que vão desde a Cultura e o Turismo, ao Desporto, à Educação, à Solidariedade Social. Começamos com um tema estrutural “PDM, Ordenamento do Território e Políticas Ambientais”.
As políticas de ordenamento territorial e ambiente são um instrumento de gestão política autárquica decisivo para promover uma qualidade de vida e um desenvolvimento económico e social harmonioso e sustentado.
Estratégias políticas erradas neste campo podem marcar negativamente o bem-estar de gerações. Esta é uma temática que deve envolver toda a sociedade civil tirsense. O que queremos que seja Santo Tirso nas próximas décadas?
Um concelho virado para o turismo? Uma renovada aposta na reindustrialização, nomeadamente da indústria têxtil? Um concelho (e uma cidade) que privilegia as suas acessibilidades, ao Porto, a Guimarães, a Braga, e investe na organização de congressos internacionais, fomentando assim o comércio, a restauração, a hotelaria, o turismo? Um concelho que exponencie a sua marca e a sua imagem com base numa estratégia cultural (e com isso arrastando também o turismo)? Um concelho que queira ser um local de primeira habitação de qualidade, e, assim, estimulando o investimento criador de empregos e riqueza? Um concelho que olhando para as suas grandes manchas agrícolas quer dotar as famílias das freguesias mais rurais de condições mais modernas e geradoras de maiores índices de rendimento familiar - investindo em infraestruturas que possam modernizar o trabalho no campo?
É este debate que temos de fazer urgentemente. Porque este é um debate crucial, incontornável e prioritário. Foi, por isso, com satisfação que assinalei as presenças nesta sessão dos presidentes de Junta de Freguesia de Santo Tirso, José Pedro Miranda (o anfitrião), de Vila das Aves, Carlos Valente, e de S. Martinho do Campo, Adelino Moreira. Eles sabem que a qualidade futura da nossa gestão pública, política e autárquica, passa por estarmos cada vez mais munidos da informação e das competências exigidas para os desafios cruciais que vamos defrontar.

Pedro Fonseca
Presidente da Direcção
Associação Cívica "AMAR SANTO TIRSO"

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma "crise de fé"

Confesso que ando à procura de explicações e de respostas. Preciso delas para poder encorpar um argumentário que seja consistente e credível. Eu sei como chegamos até aqui – essa é fácil. A última década foi um fartar vilanagem, e os últimos anos, conduzidos pelo emigrante parisiense, puseram o País à beira da catástrofe. 

A memória dos homens é curta mas os portugueses não são burros.
Agora é preciso sair daqui. Para isso, há compromissos e opções – o cerne da política. O que me parece é que os compromissos e as opções que estão a ser tomadas não são as mais correctas. E o que mais temo é que o Réu de Paris passe a arguido com atenuantes.

A continuar assim, é isso que vai acontecer. Nesta “crise de fé”, fui recordar o que significa social-democracia. Aproveito para aconselhar os verdadeiros social-democratas a fazer esse exercício, para não se deixarem enganar.

A social-democracia moderna aposta na ideia de um Estado de bem-estar social democrático. Os sociais-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através da regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo” – fonte: George Lefranc, in “Socialismo Reformista”.

Foi a defesa do Estado Social, da iniciativa privada, do indivíduo como elemento essencial da transformação da sociedade, e da regulação do mercado, como forma de impedir o livre arbítrio e o capitalismo selvagem, que esteve na génese do PSD.

É com esta cartilha que Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Eurico de Melo, fundam o PPD/PSD, dos pequenos e médios empresários e comerciantes, dos profissionais liberais e dos trabalhadores por conta de outrém, dos funcionários públicos e dos jovens agricultores, das domésticas e dos homens da lavoura. Um partido transversal à sociedade portuguesa. Temo que isso possa estar a mudar.

Post-Scriptum: Com a sua presença no órgão que vai decidir os processos autárquicos no distrito do Porto, Joaquim Couto é o cada vez mais certo candidato do PS em Santo Tirso.

Pedro Fonseca

(artigo publicado no jornal "Entre Margens", em 4 de outubro de 2012)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Eu, cidadão livre, me confesso

 
Adoptei a cidade de Santo Tirso há muitos anos. Ali passei a minha infância, adolescência e me formei como homem e cidadão. Fiz amigos, que mantenho ainda hoje. Entrado na vida adulta, após a licenciatura em Direito, ali comecei a trabalhar como advogado.

Santo Tirso sempre foi a minha casa. Durante estes anos, eu que estou com 45, vi sempre a cidade de perto. Olhei-a sempre de um modo desinteressado, que é a melhor maneira de lhe perceber os encantos e os defeitos.

Mais tarde, a vida fez-me conhecer melhor algumas das freguesias limítrofes. Gosto de olhar para as coisas de um lugar discreto, e de um modo anónimo. Por isso, nunca tive intervenção pública visível, nunca a procurei, nunca me seduziu.

Considero-me um cidadão livre, sem amarras partidárias e com nenhum interesse pela politiquice, para o que não tenho jeito nenhum. Dedicado à advocacia, nunca abandonei, porém, o meu posto de observação da cidade e do concelho. E fui formando opinião, sobre as coisas, sobre as pessoas, sobre as obras, os projectos, as mensagens, as ideias. Fui, à minha maneira, fazendo política. Para mim.

Sei que podia e devia ter tornado públicas as opiniões que fui formando. Não o fiz, nunca o fiz. Umas vezes por desinteresse, outras por negligência, a maior parte das vezes por achar que não me cabia a mim mudar o mundo, e o mundo é a nossa rua.

Há pouco mais de 2 anos, fui convidado por amigos de longa data para integrar a Associação Cívica "AMAR Santo Tirso". O projecto seduziu-me, os amigos eram - e são - de confiança e pensei: "Finalmente!". Nestes últimos 2 anos, senti que participei em algo de novo, de inovador e que pode mudar Santo Tirso para muito melhor.

Hoje, sinto que devo começar a tornar públicas as minhas opiniões. As que fui formando ao longo destes anos e as que vou exprimindo em privado no seio da associação. Os últimos 30 anos foram catastróficos para Santo Tirso: caímos para os últimos lugares em todos os "rankings" que nos dão qualidade de vida. Concelhos vizinhos que há 30 anos eram um sombra do que éramos, hoje têm tudo o que nós tínhamos e já não temos: espaços de cultura e lazer, equipamentos desportivos em qualidade e quantidade, investimento na economia local, gerador de emprego e riqueza, etc.

Esta minha opinião não é, estou certo, uma opinião isolada. É comungada por milhares e milhares de munícipes de Santo Tirso. Esta minha opinião é a de um homem livre, que apenas obedece à sua consciência.

Espero contribuir para que muitas outras vozes livres e independentes se juntem a esta minha voz. Santo Tirso precisa deste vento de mudança, para se projectar para um lugar cimeiro no concerto dos munícipios mais desenvolvidos. Viva a esperança!
 
Artur Abreu
Presidente da AG da "AMAR Santo Tirso"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Os "putativos" candidatos

Por: Pedro Fonseca, presidente da associação cívica "AMAR Santo Tirso"


Uma notícia da agência noticiosa nacional – a Lusa – sobre “putativos candidatos” às eleições autárquicas de 2013 em Santo Tirso fez correr alguma tinta, muitos rumores e bastante intriga. Do lado do PS, os nomes avançados eram os de Joaquim Couto e Ana Maria Ferreira; do lado do PSD, os de Alírio Canceles, José Pedro Miranda e o meu próprio.
Ao contrário de todos os outros, destacados militantes dos partidos referidos, eu apareço como presidente da associação “AMAR Santo Tirso” – um independente. Já tenho suficiente experiência política para cortar cerce estratégias que apenas pretendem alimentar teorias da conspiração.

Nos últimos dias convoquei um jantar da “AMAR Santo Tirso”, onde estiveram presentes a esmagadora maioria dos seus sócios fundadores e outras pessoas que directa ou indirectamente tiveram ligações com a associação.

Nesse jantar sublinhei que a “AMAR Santo Tirso” era uma associação cívica e apartidária, pelo que nunca permitiria que fosse empurrada para o combate político-partidário. Não foi essa a sua génese, não foi esse o seu objectivo, não é essa a sua causa.

Nesse sentido, e face aos rumores e intrigas que a notícia da Lusa tinha provocado, manifestei a vontade de abandonar a liderança da associação, pondo assim cobro à especulação sobre as reais intenções da “AMAR Santo Tirso”.

Fiquei sensibilizado com o apoio, a confiança e a solidariedade manifestados pelos presentes. O que disse, fica aqui registado: não sou candidato a nada, mas não abdico dos meus direitos cívicos e políticos.

Não preciso de nenhuma guarda pretoriana para assumir qualquer tipo de intervenção pública. Faço-o há mais de 10 anos, em Santo Tirso, sem medo. Já sofri na pele por este tipo de voluntarismo, mas nunca abdicarei de exprimir a minha opinião, doe a quem doer.
Sou um social-democrata, porque sempre me revi no pensamento e na acção de homens como Francisco Sá Carneiro e Aníbal Cavaco Silva, expoentes dos princípios ideológicos e programáticos que defendo: Estado Social, reformismo, livre iniciativa, liberdade individual. Vejo no ex-primeiro-ministro sueco Olof Palme, referência incontornável da social-democracia moderna e progressista, um exemplo a seguir.
Mas o respeito que tenho pela opção legítima da militância não me impede de ver noutras áreas políticas gente com tanta ou mais capacidade do que aquela que às vezes identifico naqueles que estão do meu lado da barricada.
Santo Tirso precisa de todos. O PSD tem personalidades capazes de garantir um futuro melhor para o concelho pós-2013. Não porque Castro Fernandes apenas tenha feito coisas erradas. Não fez. Mas porque refém de lógicas partidárias, tomou as opções que melhor serviam essa estratégia. E o concelho perdeu.
Se o PSD não tiver entendido isso, não entendeu nada.