segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Os "putativos" candidatos

Por: Pedro Fonseca, presidente da associação cívica "AMAR Santo Tirso"


Uma notícia da agência noticiosa nacional – a Lusa – sobre “putativos candidatos” às eleições autárquicas de 2013 em Santo Tirso fez correr alguma tinta, muitos rumores e bastante intriga. Do lado do PS, os nomes avançados eram os de Joaquim Couto e Ana Maria Ferreira; do lado do PSD, os de Alírio Canceles, José Pedro Miranda e o meu próprio.
Ao contrário de todos os outros, destacados militantes dos partidos referidos, eu apareço como presidente da associação “AMAR Santo Tirso” – um independente. Já tenho suficiente experiência política para cortar cerce estratégias que apenas pretendem alimentar teorias da conspiração.

Nos últimos dias convoquei um jantar da “AMAR Santo Tirso”, onde estiveram presentes a esmagadora maioria dos seus sócios fundadores e outras pessoas que directa ou indirectamente tiveram ligações com a associação.

Nesse jantar sublinhei que a “AMAR Santo Tirso” era uma associação cívica e apartidária, pelo que nunca permitiria que fosse empurrada para o combate político-partidário. Não foi essa a sua génese, não foi esse o seu objectivo, não é essa a sua causa.

Nesse sentido, e face aos rumores e intrigas que a notícia da Lusa tinha provocado, manifestei a vontade de abandonar a liderança da associação, pondo assim cobro à especulação sobre as reais intenções da “AMAR Santo Tirso”.

Fiquei sensibilizado com o apoio, a confiança e a solidariedade manifestados pelos presentes. O que disse, fica aqui registado: não sou candidato a nada, mas não abdico dos meus direitos cívicos e políticos.

Não preciso de nenhuma guarda pretoriana para assumir qualquer tipo de intervenção pública. Faço-o há mais de 10 anos, em Santo Tirso, sem medo. Já sofri na pele por este tipo de voluntarismo, mas nunca abdicarei de exprimir a minha opinião, doe a quem doer.
Sou um social-democrata, porque sempre me revi no pensamento e na acção de homens como Francisco Sá Carneiro e Aníbal Cavaco Silva, expoentes dos princípios ideológicos e programáticos que defendo: Estado Social, reformismo, livre iniciativa, liberdade individual. Vejo no ex-primeiro-ministro sueco Olof Palme, referência incontornável da social-democracia moderna e progressista, um exemplo a seguir.
Mas o respeito que tenho pela opção legítima da militância não me impede de ver noutras áreas políticas gente com tanta ou mais capacidade do que aquela que às vezes identifico naqueles que estão do meu lado da barricada.
Santo Tirso precisa de todos. O PSD tem personalidades capazes de garantir um futuro melhor para o concelho pós-2013. Não porque Castro Fernandes apenas tenha feito coisas erradas. Não fez. Mas porque refém de lógicas partidárias, tomou as opções que melhor serviam essa estratégia. E o concelho perdeu.
Se o PSD não tiver entendido isso, não entendeu nada.

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