segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Autárquicas 2013 em Santo Tirso

Porto, Portugal 11/02/2012 10:23 (LUSA)
Temas: Política, Eleições, Autoridades locais, Partidos e movimentos

Porto, 11 fev (Lusa) – A quase dois anos das autárquicas, a dança das cadeiras já começou em Santo Tirso para preparar a sucessão do socialista Castro Fernandes, que cumpre o seu último mandato, com vários nomes a serem indicados entre militantes do PS e PSD.
A limitação de mandatos veio dar o mote e os partidos aquecem os motores até à partida de 2013, altura em que 150 dos 308 presidentes de câmara estão impedidos de voltarem a candidatar-se: Castro Fernandes é um deles.
Após quatro mandatos, o socialista vai mesmo ter de abandonar a Câmara Municipal de Santo Tirso, abrindo a possibilidade a novos nomes e até a uma alternância partidária.
Do lado do próprio partido de Castro Fernandes, o ex-vereador de Gaia Joaquim Couto, que até já foi presidente da Câmara de Santo Tirso, admitiu recentemente estar disponível para voltar, acreditando ter “experiência e crédito político adquirido fora” de Santo Tirso, o que considera que pode “ser útil para o concelho”.
Joaquim Couto terá porém de aguardar pelas eleições para as concelhias socialistas, já anunciadas para abril, após o que pode ter de enfrentar a atual vice-presidente da câmara, Ana Maria Ferreira que, diz o ex-autarca, “tem estado a ser promovida pelo próprio presidente da câmara”.
A autarca, que admite saber que o seu “é um dos nomes falados” para suceder a Castro Fernandes, nega porém ser candidata, ainda que “não exclua” essa possibilidade, uma vez que “ao fim de 10 anos na vida autárquica não se devem fechar portas”.
E o que diz o PSD destas hipóteses? Gonçalves Afonso, fundador do partido em Santo Tirso, considera que Joaquim Couto “é uma figura passada e requentada e nada trará de novo” ao concelho.
Acredita mesmo que se esse for o candidato socialista, “o PSD terá grandes hipóteses de ganhar”, apoiando, para o efeito, o atual presidente da junta de freguesia de Santo Tirso José Pedro Miranda que, por seu turno, garante que não se irá candidatar.
“Quanto ao PSD de Santo Tirso não há dois, nem, três [candidatos]. Se formos falar em putativos há muitos, há vários”, afirmou à Lusa José Pedro Miranda que acredita “vivamente” numa vitória social-democrata na autarquia.
Alírio Canceles, recentemente eleito presidente da concelhia PSD, é um dos nomes possíveis, tendo à Lusa admitido estar “obviamente disponível” para se candidatar, caso o partido assim o queira.
“O nosso propósito é só um, reconquistar Santo Tirso 32 anos depois e mudar o paradigma de gestão que tem sido feito”, salientou o social-democrata, que prevê alguma “intensidade na luta interna do PS pela sucessão”.
E se a duplicação de nomes no PS pode criar dificuldades aos socialistas, o próprio PSD terá de ultrapassar a divergência de opiniões e a multiplicidade de hipóteses que até podem passar por independentes.
Pedro Fonseca, presidente da associação ‘Amar Santo Tirso’ e convidado em eleições anteriores para encabeçar os primeiros lugares do PSD à Assembleia Municipal, é também um “putativo candidato” que “tem feito um trabalho cívico e político meritório no concelho”, salienta Joaquim Couto. Já Gonçalves Afonso defende que “tecnicamente seria até a pessoa mais bem preparada”, mas admite que talvez não tenha o “acolhimento” necessário.
Os sociais-democratas terão, assim, de encontrar um “candidato galvanizador” que “possa conquistar algum espaço” aos socialistas, nem que para isso se tenha de coligar ao CDS, defende o fundador do PSD local, para quem o partido “dificilmente ganhará as eleições sozinho”.
Dentro do PS a confiança está em alta com Azuil Dinis, histórico do partido e primeiro presidente da câmara de Santo Tirso, a defender que os socialistas partem para estas eleições “em grande vantagem”, não só pela obra feita mas também porque “o facto de o PSD ser governo pode penalizá-lo nas autárquicas”.

LIL.

Lusa/fim

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